quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Conselho Federal de Psicologia quer proibir propaganda com modelos de cabelos alisados

Segundo a coluna do analista Diogo Mainardi, da revista Veja, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai enviar uma proposta que pretende proibir a propaganda com pessoas de cabelos alisados, com o argumento de que ela pode causar "transtornos de toda ordem", comprometendo "a integridade física e psicológica" de quem a assiste.

A referida proposta será apresentada em dezembro de 2009 em um evento denominado Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), que é patrocinado pelo governo federal e por entidades associativas, sindicatos entre elas. Aliás, todas têm em comum o fato de serem esquerdistas e se articularem em torno de propostas estratégicas de controle estatal e partidário das comunicações em geral e do jornalismo em particular.

Voltando à proposta do CFP, quem disse que a imagem de cabelos alisados causa "transtornos de toda ordem"? Afirmações genéricas como essa carecem de fundamento científico, além de assumirem claramente um caráter de retórica ideológica. Isto é non sense, não ciência.

Mas, como os profissionais de marketing e de pesquisa poderiam ser afetados caso a tal proposta venha a ser aprovada e se transforme em lei, ou melhor, proibição? De muitas maneiras. Inicialmente, empresas de cosméticos teriam sua liberdade de anunciar seriamente comprometida. Isso certamente fará com que elas anunciem menos e, como conseqüência, pesquisem menos. Como exemplo, podemos citar a Unilever que também comercializa produtos para cabelos alisados.

Vale lembrar que o pior é o que se esconde por trás desse tipo de ingerência política no mundo dos negócios. Em breve alguém afirmará que a propaganda de alimentos pode induzir a obesidade. Ou que a propaganda de pacotes turísticos acentua a desigualdade social, afetando a auto-imagem daqueles que não podem viajar. Sim essas afirmações são absurdas, carecem de fundamento científico e se prestam a fazer politicagem. A vitimização das pessoas é, freqüentemente, utilizada como argumento de políticos e entidades autoritárias, que com o pretexto de proteger as pessoas supostamente indefesas (no caso, os consumidores) instituem mecanismos cada vez mais invasivos de controle da liberdade individual e de empreender.

O perigo é real e imediato.

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