sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Quer ser inovador e criativo? Coloque-se no lugar do outro.

Não há possibilidade de inovar, criar novos produtos, novas formas de fazer alguma coisa sem que haja empatia.


De nada adianta dominarmos as etapas de "Design Thinking", usarmos ferramentas descoladas para ideação se não desenvolvermos a capacidade psicológica de nos colocarmos no lugar do outro, daquela pessoa para o qual estamos dirigindo nossas ações, nossos produtos/serviços, o que quer que seja.

A tarefa de quem está criando algo para ser usufruído por outros não é apenas “conhecer” o outro, ver como ele faz suas compras, como escolhe uma marca, o quê está dizendo nas redes sociais sobre o seu produto. Isso é apenas uma parte do processo que funciona como um sobrevoo para ver os contornos do território.

Se há uma autêntica vontade de entregar ao consumidor o que ele deseja, o que pode resolver mais adequadamente suas necessidades há que se fazer um esforço maior do que apenas conhecê-lo. É algo maior do que isso, é fazer um exercício de “ser” aquela pessoa, ainda que por alguns instantes, como fazem os atores quando elaboram seus personagens, realizando uma imersão na vida interior daquela pessoa buscando compreender a lógica dos pensamentos, das ações e das emoções.

Como facilitadora em grupos de co-creation procuro desenvolver exercícios para que os envolvidos no projeto abandonem suas metas como gestores de marcas, profissionais de design, marketing etc, e sintam-se como seu cliente e tentem responder da maneira mais completa e mais colorida de detalhes possível:


  • O quê estaria pensando, sentindo, desejando quando está dentro daquela loja?
  • O quê acontece quando abre aquela embalagem na cozinha de sua casa?
  • Que ideias, imagens mentais, sensações surgem quando entra em contato com aquele aroma?
  • O quê sente quando se olha no espelho vestido com aquela roupa? Que pensamentos estão na sua cabeça naquela hora?

A prática da empatia pode representar um grande trunfo para quem está envolvido com inovações e produção de criatividade e, quanto mais se exercita, mais se consegue ampliar a capacidade de antecipar o que pode satisfazer as necessidades e desejos do consumidor.

A capacidade de ser empático será cada vez mais importante para criativos, designers, pesquisadores de marketing e todos envolvidos em lidar com consumidores.
Rumamos para tempos em que será mais importante estar preparado para responder à indivíduos do que à segmentos e clusters.

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